sexta-feira, 13 de julho de 2007

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quando desço do ônibus
sinto o impacto no meu corpo todo e enquanto ele se acomoda meu olho se perocupa com os carros.

é entre eles que eu atravesso.

a calçada n é mais segura... ela exige que vc ande de cabeça baixa, como se estivesse triste. mas eu n estou triste, ora!

daí eu chego na Mac Donald's, mas n para comer. eu pulo uma correntinha baixa e atravesso pelo estacionamento vazio. é horripilante ver a mac vazia!

o caminho se torna mais horripilante ainda. uma parada de ônibus feia e fedida, com pessoas feias e fedidas me forçam a andar como na corda bamba. mas eu estou feliz, então me imagino um trapezista, e passo sem sentir.

o sinal que vou atravessar agora é impiedoso, mas eu acredito ue vou passar com tranquilidade, e como mágica os carros desaparecem. sigo contente e chego no sinal do meninos corredores. todo dia estudo a estratégia de trabalho deles: se posicionam táticamente até onde o engarrafamento vai. correm pedurando seus produtos nos retrovisores, como num drive thru e quando eu sempre digo : - não dará tempo de recolher! eles perderão seus produtos! - eles correm, correm muito... e os recolhem até o sinal abrir novamente.

vou pensando nisso até o proximo sinal, onde eu passarei para o lado oposto. detesto ter que passar para esse lado. mas foi desse lado que escolhi estar, qdo aceitei meu emprego. então me conformo, até chegar na bela casa branca em que passo minha manhã, tarde e noite. trabalhando e as vezes contemplando...






Cynthia Rocha

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